Alunos de Pinhalzinho criam jogos para aprender língua portuguesa

Projeto é feito com os alunos do 9º ano vespertino e conta com 19 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos

Somente no Brasil, são mais de dez dialetos regionais. Com mais de 200 milhões de falantes, espalhados pela América do Sul, Europa, África e Ásia, muitos encontram dificuldades em meios às regras da gramática por conta da complexidade.

Não se sabe exatamente quantas palavras existem no nosso idioma, mas os registros em diferentes dicionários contam em média 140 a 300 mil verbetes. Por isso, é comum que surjam dúvidas na hora de escrever e falar.

Para ajudar os alunos na melhora da comunicação e trazer leveza às aulas de gramática, a professora de língua portuguesa Juliane Nardi, da EEB (Escola de Educação Básica) Vendelino Junges, de Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina, decidiu criar algo novo e mais atrativo para os alunos.

Juliane e a professora de educação especial, Fernanda Baldo, organizaram um projeto com jogos lúdicos. “Como o assunto é gramática pura e muito regrado, pensei em tornar o conteúdo mais atrativo e divertido.”, comenta a professora de português.

Projeto na prática

O projeto é feito com os alunos do 9º ano vespertino e conta com 19 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos. Nele foram feitas pesquisas pelos alunos e professora para escolher as palavras mais utilizadas no dia a dia. “Por exemplo, saber diferenciar o verbo “soar” e “suar”, que é uma coisa que eu sempre corrigia e outras palavras parônimas e homônimas, na variedade da língua portuguesa”, explica Juliane.

A partir disso, os estudantes se unem em grupos e participam da criação dos jogos e das suas regras, muitos foram inspirados em jogos de tabuleiros já existentes, como o banco imobiliário, jogo da forca e perfil. Depois de pronto, eles são compartilhados entre os diferentes grupos e podem dividir suas opiniões para aprimorar os trabalhos dos colegas.

Um dos alunos, Gabriel Henrique Hagemann, de 14 anos, criou um jogo de tabuleiro com sua colega Alessandra Azevedo, de 17 anos, em que os jogadores recebem as dicas para cada palavra e, quando acertam, avançam no jogo.

“Esse jogo foi uma adaptação de um jogo de tabuleiro que já é conhecido e com essa adaptação é mais fácil da gente compreender as palavras e como a gente pode escrever elas, que é bem melhor do que só tentar decorar elas de uma vez”, comenta Gabriel.

Por meio dos jogos a professora notou melhora no desenvolvimento dos adolescentes, que agora sempre se policiam quando vão utilizar as palavras e usam da forma correta, mostrando que a gramática da língua portuguesa pode ser aprendida de uma maneira divertida e criativa.

Foto: SED/ND créditos https://ndmais.com.br/educacao

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