Mostra de cinema promove sessões no interior de Chapecó

Cine Indi Roça

Mostra de cinema promove sessões no interior de Chapecó

Nossa Maloca e Lua Caolha Filmes realizam projeto

contemplado pelo Prêmio Catarinense de Cinema

O encontro da arte com a natureza. A Associação Instituto Cultural Nossa Maloca e Lua Caolha Filmes e Produções promovem, de dezembro a junho de 2023, o Cine Indi Roça. A mostra de cinema – que acontece tradicionalmente de forma itinerante nas escolas públicas de Chapecó – será realizada, em uma edição especial, mais pertinho da natureza. A Nossa Maloca é um espaço cultural na Linha Tafona, no interior de Chapecó. Um lugar de escuta, afeto e arte.

Serão realizadas cinco mostras infantis, com agendamento de escolas, e outras cinco exibições abertas ao público jovem e adulto. Para as crianças, serão exibidos filmes lúdicos e com classificação indicativa adequada, que abordam temas como meio ambiente, solidariedade e respeito às diferenças. A curadoria foi exercida pela bacharel em Artes Visuais (Unoesc) e mestre em Educação e Tecnologia (IFSUL), Deise Cristiane de Luca.

Já na mostra aberta ao público jovem e adulto, serão exibidos filmes produzidos em Chapecó e região Oeste catarinense. A curadoria dos filmes ficou sob responsabilidade de membros da Associação de Cinema e Vídeo de Chapecó e Região (Cinelo).

Após as sessões, será realizado um debate com o público e com os realizadores dos filmes para discutir os temas abordados. O projeto ainda prevê a produção de podcasts. Serão 10 episódios disponibilizados gratuitamente online nas redes sociais da @luacaolha e da @nossamaloca.

O Cine Indi Roça foi contemplado no Prêmio Catarinense de Cinema 2021, da Fundação Catarinense de Cultura. O primeiro encontro já está agendado: quinta-feira, dia 15 de dezembro, com início às 19h30. O evento é gratuito e aberto ao público e a programação se estenderá ao longo do primeiro semestre de 2023.

Arte, cinema e natureza

O Cine Indi Roça propõe levar a magia e poética das exibições de filmes e dos encontros, trocas e afetos oportunizados pelo cinema para o interior. O produtor do projeto, Zé Boita, explica que o cineclube cria uma rede de sentir na natureza e traz uma circulação de filmes com estéticas não-convencionais e não-hegemônicas.

Boita comenta que o projeto une as possibilidades de reflexão social do cinema com um olhar ligado ao meio ambiente e a um espaço-tempo mais contemplativo. “Um resgate do cenário rural enquanto tato e filosofia, de um tempo imersivo que passa mais lento, em contraposição a correria e vida padronizada dos centros urbanos”, argumenta.

Já o cinema infantil desenvolve a criatividade, a imaginação e apresenta conceitos humanitários, ambientais e sociais de forma lúdica para as crianças, desenvolvendo suas potencialidades e novos olhares para o mundo. Aliado a isso, está a experiência sensorial e visual da ambientação do sítio cultural, onde todo um universo brincante está a seu dispor.

Nossa Maloca

O Sítio Cultural Nossa Maloca já desenvolve e recebe – em conjunto com artistas, produtores culturais e arte-educadores – ações, espetáculos e intervenções focados nas áreas da educação, literatura, teatro e cinema.

Os pequenos e os adultos podem visitar a Casa da Bruxa, caçar sacis no Bosque Manoel de Barros, andar descalços na terra, brincar no balanço e passear pelo Teatro Rural Chica Pelega. Todos os espaços que compõem o Sítio Cultural Nossa Maloca despertam o aspecto coletivo e imaginativo nos visitantes.

Segundo a produtora do Instituto Cultural Nossa Maloca, Josiane Geroldi, trata-se de um lugar possível para todas as linguagens artísticas e a experimentação de diversos modos de relação entre público e arte. “Como um coletivo vamos nos abrindo para cada linguagem de acordo com as proposições e anseios de cada artista ou produtor que faz ou queira fazer parte do Instituto”.

Ela reforça, ainda, a importância do contato com a natureza. “Creio que o simples deslocamento da área urbana para o rural já coloca o público em outra frequência de recepção. Quem vem até a Maloca, quem percorre o caminho para vir até aqui, já acionou em si a disposição do atravessamento. Colocar as pessoas em movimento para que elas possam criar as suas próprias histórias também é uma força motriz do espaço”, enfatiza.

Boita concorda e estende o convite: “É um chamado para colocar o pé na grama, reparar nas belezas sutis da vida no sítio e de um bosque arborizado, ouvir o canto dos pássaros e das cigarras e desacelerar para dar espaço ao sentir e ao pensamento. E fazer este movimento comunitário sem perder a potência do cinema enquanto ferramenta de arte-educação, criando uma ação imaginativa e prática para outros mundos possíveis”

Crédito: Camila Almeida

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