Livro “Chapecó e Medellín – Unidas para sempre”

Livro “Chapecó e Medellín – Unidas para sempre” será lançado em janeiro de 2020 em Chapecó e Florianópolis

A publicação, que tem como autores o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e o jornalista Paulo Hoeller, é a narrativa sensível e abrangente sobre um evento singular que impactou a vida de Chapecó e Medellín e a relação entre o Brasil e a Colômbia, após o acidente aéreo ocorrido em 28/11/2016 quando o time da Chapecoense, comissão técnica, dirigentes e jornalistas dirigiam-se para a disputa da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Muito além de um relato centrado apenas nos aspectos do acidente, o livro buscou ressaltar também facetas humanas, afetivas, cidadãs e solidárias que aproximaram derradeira e profundamente as comunidades de Chapecó e Medellín, justificando o título “Unidas para sempre”.

Outra particularidade da publicação é a de ser narrada, em grande parte, na primeira pessoa, com o testemunho direto do protagonista Luciano Buligon, que viveu intensamente o processo como líder da missão brasileira responsável por ir até a Colômbia e acompanhar todos as ações implicadas no resgaste e nas providências de translado dos sobreviventes e das vítimas fatais ao Brasil. “Trata-se, basicamente, da relação que se estabeleceu entre os municípios de Chapecó e Medellín após o acidente e o seu impacto entre o Brasil e a Colômbia, gerando um efeito de solidariedade, de aproximação e mudança da relação entre os povos destes dois países”, afirma o prefeito Buligon.

A obra é prefaciada por Julio Glinternick Bitelli, diplomata e embaixador do Brasil na Colômbia de 2016 a 2019, época em que ocorreu o acidente. “O livro que o leitor tem agora em suas mãos é sobretudo uma homenagem: às vítimas, em primeiro lugar. É também um reconhecimento a todos os envolvidos nos trabalhos que tornaram possível aquele quase milagre dos sobreviventes. E é, ainda, uma profissão de fé no futuro de duas cidades, uma brasileira e a outra colombiana, distantes na geografia mas, agora, para sempre unidas na fraternidade e no afeto”, destaca. “Chapecó e Medellín têm muito em comum, apesar das diferenças em tamanho e população. Ambas são exemplos de boa administração e de êxito. Ambas são reconhecidas e admiradas por sua resiliência, pela valorização do trabalho e da inovação, pela autossuficiência e pela prioridade que dão à dignidade dos que nelas vivem”, analisa.

Os autores Luciano Buligon e Paulo Hoeller relembram as inúmeras gravações que realizaram para reconstituir a linha do tempo do processo nos mínimos detalhes: “Sempre começávamos com um grande abraço, para terminar com olhos marejados e lágrimas no rosto. Transcrevia as gravações, lia, relia, reescrevia, conferindo cada hora, data e números da narrativa; pesquisava fato a fato, consultava livros, acessava centenas de reportagens e assistia a vídeos de tudo o que aconteceu”. Este esforço de autenticidade documental e jornalístico dos autores confere ao livro um tom extremamente fiel à história contada, valorizando também as grandes lições e as virtudes das pessoas que construíram o passado, que vivem o presente e projetam o futuro das cidades de Chapecó e Medellín, conclui Hoeller.

Com 230 páginas e 20 capítulos, o livro traz ainda ilustrações e gráficos produzidas pela artista Luciana Gâmbaro e contou com a assessoria editorial do jornalista Mário Xavier. A venda dos primeiros 1.000 exemplares da obra será revertida integralmente para a Fundação Vida, organização social que dá suporte às famílias das vítimas do acidente aéreo.

SOBRE OS AUTORES

Luciano Buligon é natural de Tenente Portela (RS) e radicou-se em Chapecó em 1993, onde constituiu família e desenvolveu sua trajetória profissional e política. É torcedor da Chapecoense. Formado em Direito pelo Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP), em Bagé, foi procurador dos Municípios de Chapecó, Quilombo, Cordilheira Alta e da Câmara dos Vereadores de Chapecó, além de professor convidado de pós-graduação em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Durante o período de 2007 a 2010, foi Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Chapecó. Em 2012 tornou Vice-prefeito de Chapecó na chapa do prefeito José Cláudio Caramori. Entre 2011 e 2015, trabalhou na Prefeitura nas funções de Secretário de Articulação Institucional, Secretário de Desenvolvimento Urbano e Secretário de Coordenação de Governo e Gestão. Em dezembro de 2015, assumiu como prefeito de Chapecó, no lugar de José Claudio Caramori, que foi convidado a assumir o Badesc, a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina, e optou pela renúncia. Em 2016, Luciano Buligon foi eleito prefeito de Chapecó, cargo que exerce até a presente data.

Paulo Hoeller é natural de Chapecó e vive e trabalha atualmente em Florianópolis. Foi jornalista, apresentador e chefe de Jornalismo da RBS TV Chapecó, afiliada da Rede Globo na cidade. Seu currículo profissional inclui passagens como chefe de redação da TV Triângulo, também da Rede Globo, em Uberlândia, Minas Gerais; diretor da RCE TV Xanxerê e do SBT Chapecó; e diretor Operacional da RIC TV Record em Florianópolis. Historicamente vinculado à vida de Chapecó e do seu time, a Chapecoense, Paulo Hoeller foi o responsável por gravar, desde 2017, inúmeros depoimentos inéditos e ao vivo de Luciano Buligon sobre o episódio do acidente aéreo. Ao longo de 2018 e 2019, amadureceram, juntos, a proposta de publicar um livro reunindo esses relatos, que foram transformados em textos narrados na primeira pessoa. Adicionalmente, Paulo Hoeller complementou uma rica pesquisa sobre o tema e assuntos correlatos, abrangendo dezenas de fontes no Brasil e na Colômbia.

TEXTO DA ORELHA

Foi difícil escrever “Chapecó e Medellín – Unidas para sempre”, por uma série de fatores. O principal deles foi o emocional. Não há como pesquisar, entrevistar e escrever um relato como este sem viver na pele, novamente, tudo o que aconteceu.
O acidente é um fato, mas a partir dele, foi gerada uma série de ações, reações e análises que levam o livro a viajar por lições que vão além da tragédia em si, como por exemplo, quando aborda o sofrimento de uma cidade – Chapecó − abalada psicologicamente com o desaparecimento prematuro de um dos seus maiores orgulhos, o time da Chape; ou quando trata da imagem equivocada que o mundo ainda tem da Colômbia.
“Chapecó e Medellín” é fruto do esforço de dois anos de intenso e criterioso trabalho de pesquisa, tratamento e elaboração de depoimentos e informações. Traz, nas suas páginas, um amplo conteúdo abrangendo essas duas cidades que, por meio dos seus clubes de futebol, chegaram à final de uma competição internacional que não aconteceu por força de um terrível acidente aéreo.
É a narrativa sensível, abrangente e sóbria sobre um evento singular, que impactou a vida de Chapecó e Medellín e a relação entre Brasil e Colômbia. Luciano Buligon, prefeito de Chapecó, e Paulo Hoeller, jornalista, fazem um relato minucioso de tudo o que ocorreu antes, durante e depois que o “sonho aterrissou nos jardins de Cerro Gordo”.

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